Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha (EcoMega/FURG), em parceria com outras Universidades, entre elas a de Cambridge, no Reino Unido, e da Califórnia (Santa Cruz), nos Estados Unidos, utiliza modelos de abundância e distribuição e modelos energéticos de aves e mamíferos marinhos para estimar o seu consumo de krill e auxiliar na gestão da pesca deste crustáceo. O artigo avançou no conhecimento sobre a dependência dos predadores do krill integrando dados baseados em telemetria, pesquisas observacionais no mar, estimativas de abundância de predadores e dados fisiológicos para estimar a distribuição espacial do consumo de krill por estes predadores durante o verão austral por espécies de pinguim, aves marinhas, lobos marinhos e baleias.Foi observado que áreas importantes para o forrageio de predadores de krill estão próximas de colônias de aves e lobos-marinhos, em áreas costeiras onde as baleias jubarte também se alimentam regularmente, e ao longo da quebra da plataforma. Além disso, o consumo de krill mostrou-se altamente variável em toda a região, sendo muitas vezes concentrado em escalas espaciais finas. Isso enfatiza a necessidade do manejo da pesca local de krill em escalas temporais e espaciais relevantes. Esse trabalho contribui com informações relevantes para subsidiar a gestão da pesca de krill. 

O estudo, liderado por Victoria Warwick-Evans (da Universidade de Cambridge) teve colaboração dos pesquisadores Eduardo Resende Secchi e Luciano Dalla Rosa, professores do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica (PPGOB) no Instituto de Oceanografia, da FURG e a ex-aluna PPGOB, Elisa Seyboth (pós-doc na Universidade Tecnológica da Península do Cabo – África do Sul) e foi publicado na revista científica Ecosphere. O tema deste estudo e a colaboração internacional se alinham ao Programa de Internacionalização Institucional "Capes-Print/FURG”.

O artigo completo está disponível no link: https://doi.org/10.1002/ecs2.4083.